Geração Beat

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     Geração Beat (ou Geração Beatnick) é um termo usado para descrever escritores e poetas, norte-americanos, que vieram a se tornar conhecidos no final da década de 50 e no começo da década de 60. Estes artistas levavam vida nômade ou fundavam comunidades. Foi desta forma, o embrião do Movimento Hippie, se confundindo com este movimento, posteriormente.

     Muitos remanescentes hippies se auto-intitulam beatniks e um dos principais porta-vozes pop do movimento hippie, John Lennon, se inspirou na palavra beat para batizar o seu grupo musical, The Beatles. Na verdade, a "Geração Beat", tal como os Beatles, o movimento Hippie e, antes de todos estes, o Existencialismo, fizeram parte de um movimento maior, hoje chamado de "Contracultura".

Um pouco de história

     O termo Beat, usado para classificar a nova geração, é de origem controversa. Jack Kerouac – principal escritor do movimento – queria que o termo fosse uma abreviação de beatitude (mesmo significado em português), enquanto outros, principalmente os críticos e estudiosos, atribuíram tal denominação à influência direta do jazz, principal fonte de gírias e novos termos da contracultura da época. Do soma do radical beat com o sufixo do satélite russo Sputnik, que havia sido mandado ao espaço em 1957, surge a palavra beatnik, usada para designar dali em diante todos os seguidores do movimento. 1957 foi também o ano da publicação de On the Road.

     Os escritores beat davam ênfase a um engajamento visceral em experiências com as palavras combinadas, com a busca a um entendimento espiritual mais profundo, e muitos deles desenvolveram interesse no Budismo. Como o poeta francês Rimbaud acreditou que poderiam alcançar um "grau maior de elevação da consciência" através do desregramento dos sentidos, e por isso não dispensavam o uso das drogas, em seus primórdios. Ecos da Geração beat podem ser vistas em muitas outras subculturas além da cultura Hippie, como na dos Punks, etc.

     As obras mais conhecidas da Geração beat na literatura são Howl (1956) de Allen Ginsberg, Naked Lunch (1959) de William S. Burroughs e On the Road (1957) de Jack Kerouac. As principais obras eram publicadas pela City Lights Books, editora de San Francisco, pertencente ao poeta beat Lawrence Ferllinghetti.

     On the Road transformou o amigo de Kerouac, Neal Cassady, em um herói dos jovens. Os membros da Geração beat rapidamente desenvolveram uma reputação como os novos boêmios hedonistas que celebravam a não conformidade e a criatividade espontânea. A geração beat representou a única voz nos EUA a levantar-se contra o macartismo, uma política de intolerância que promoveu a chamada "caça às bruxas", resultando em um período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos, o qual durou do fim da década de 1940 até meados da década de 1950.

Influência da cultura Ocidental

      Muitos autores afirmam ser diretamente influenciado pela Geração Beat, que tem tido uma enorme influência sobre a cultura ocidental. De muitas maneiras, os beats são tomados como primeiro subcultivo. 

     Uma das forças envolvidas em um questionamento dos valores tradicionais que produziu uma ruptura com a cultura dominante que até hoje as pessoas reagem a - ou contra.  Os beats produziram um grande interesse em experimentação de estilo de vida (nomeadamente no que respeita a sexo e drogas) e eles tiveram um grande efeito intelectual em estimular o questionamento da autoridade (uma força por trás do movimento anti-guerra), e muitos deles foram muito ativos na popularização do interesse no Budismo Zen.
 
    Allen Ginsberg disse que alguns efeitos essenciais da Geração Beat podem ser caracterizados nos seguintes termos:

  • Espiritual da libertação, a "revolução sexual" ou "libertação", ou seja, da liberação gay, tanto catalisar a libertação da mulher, da libertação negra e o ativismo.
  • Libertação da palavra sem censura.
  • Desmistificação e / ou descriminalização de algumas leis contra a maconha e outras drogas.
  • A evolução do R&B (Rhythm and Blues) para o rock and roll como uma forma de arte elevada, como evidenciada pelos Beatles, Bob Dylan e outros músicos populares influenciado nos anos cinquenta e sessenta.
  • A disseminação da consciência ecológica destacou logo no início por Gary Snyder e Michael McClure, a noção de "Planet Fresh".
  • Oposição à civilização da máquina militar-industrial, como enfatizado nos escritos de Burroughs, Huncke, Ginsberg e Kerouac.
  • Atenção ao que Kerouac chamou após uma "religiosidade segundo" em desenvolvimento de uma civilização avançada.
  • Retornar para a apreciação da idiossincrasia contra arregimentação estada.
  • O respeito pela terra, os povos indígenas e animais, como proclamado por Kerouac em seu slogan de “On the Road”. 
Drogas

     Os membros originais desse movimento usou um número de diferentes drogas. Além do álcool comum na vida americana, eles estavam também interessados em maconha, anfetamina e, em alguns casos, os opiáceos como a morfina. Conforme o tempo passava, muitos deles começaram a usar drogas psicodélicas, como Ópio, Yagé e LSD. Grande parte desse uso pode ser razoavelmente chamada de "experimental", já que eles em geral não estavam familiarizados com os efeitos dessas drogas, como também havia aspectos intelectuais de seu interesse nos mesmos, bem como uma simples busca de intoxicação hedonista.

Sexualidade

     Muitas das figuras-chave eram homossexuais ou bissexuais, alguns deles de forma bastante aberta, incluindo dois dos três autores mais proeminentes, Allen Ginsberg e William Burroughs. Todos esses escritores se conheceram através de conexões sociais homossexuais.

     Uma das características mais controversas de Ginsberg foi o poema de Howl, que chamou a atenção das autoridades, eram linhas sobre sexo anal homossexual. Naked Lunch se concentra principalmente no uso de drogas, mas também aborda temas sexuais amplamente considerados como obsceno. Além de muitas referências ao homossexualismo, que incluía descrições explícitas de uma ampla variedade de práticas sexuais extremas, incluindo anal heterossexual "rimming" e necrofilia. Uma vez que estes dois trabalhos foram levados a julgamento por obscenidade e venceu seus casos, as portas foram abertas para a edição de obras sobre praticamente qualquer assunto: este era o começo do fim da censura literária nos Estados Unidos.

Bibliografia 


Sugestões

    Bem galera por hoje é isso. Espero que tenham gostado do assunto abordado hoje, até a próxima.



Comentários (5)

não me indentifiquei nada com esse tema,mas valeu apena as sua palavras,q foram bem pesquisadas!

tipo, faltou PATRICINHAS, EMOS, ETC .. :\\

Anônimo, estou providenciando os próximos textos. Aguarde que em breve terá novidades!

A meu ver Geração Beat não é uma tribo urbana, sim um movimento intelectual que ocorreu nas décadas de 40 e 50, que sem dúvida influenciou diversas esferas da sociedade. O que há hoje em dia são consequencias daquele "movimento", não uma continuidade.
Mas valeu pelo texto informativo.

As pessoas tem que compreender que as tribos urbanas de antigamente, denominados acima de "movimentos intelectuais", era a base de muitas "tribos urbanas" atualmente, embora os beatniks eram intelectuais, eles jamais deixam de ser uma tribo urbana, na qual, se não existisse não haverias as "tribos urbanas" que há atualmente...Alias, as denominadas "tribos urbanas" da atualidade são tão alienadoras que não é de estranhar alguém recusar que um "movimento intelectual" não seja uma tribo urbana, até porque as "tribos urbanas" atuais como 'patricinhas','mauricinhos','otakus','skatistas','surfistas',etc. não são nada intelectuais em sua maioria...Nesse mundo decadente a cultura se degrada em pura forma de entretenimento e alienação, sem ideias, sem ideais, o que chega a ultrapassar o hedonismo dos século passado, pois vivemos é uma grande alienação mesmo, um comodismo, um artificialismo, muito grande...