Os Skinheads fazem parte de uma subcultura juvenil que deu origem ao movimento referente a classe operária da Inglaterra na década de 60, e que depois se espalhou para várias partes do mundo. Tem como características marcantes as brigas de rua, o patriotismo exacerbado, a valorização do trabalho duro, cabeças raspadas (Motivo no qual deu origem ao nome "Skinhead"). Porém alguns não seguem esse estereótipo, podem ter mais cabelo do que muitos que não são skins e se vestir totalmente contrário ao estilo mostrado pela mídia. Estes foram fortemente influenciados em termos de música, moda e estilo de vida, pelos Rude Boys, Mods Britânicos e Jamaicanos que imigraram para a Inglaterra nessa época. Originalmente esse movimento era baseado nestes elementos, e não em política nem em questões raciais.
Um pouco de história
Por meados de 1965 os tão famosos Skinheads não eram conhecidos por este nome, e sim como um subgrupo de Mods violentos, carecas e que usavam jeans rasgado. Estes Mods mais “rígidos” ficaram conhecidos como Skinheads por volta de 1968. O fato pelo qual usam cabelo curto pode ser pela praticidade ou até mesmo em contraversão ao movimento Hippie. Um fato intrigante sobre esta tribo é que seus primeiros membros tinham forte influência da cultura Jamaicana, principalmente na música, no entanto “ironicamente” a partir dos anos 70 até os dias de hoje eles são visados por práticas racistas, não somente com os negros, como também com judeus e imigrantes.
Foi então nos anos 70 que este movimento chegou a países como Alemanha, Austrália e EUA. Nos Estados Unidos, certos segmentos do punk hardcore abraçaram novos estilos e desenvolveram suas próprias versões dessa subcultura. Conforme o tempo se passou, vieram às mudanças no comportamento desta tribo, agora muitos dos skins deixaram de ser apolíticos e abrangeram políticas de extrema-direita a extrema-esquerda. Nos anos 80, um estilo musical chamado de "Oi!", derivado do punk (tribo ao qual eles se contrapõem), tornou-se a sonoridade preferida dos skinheads, graças ao seu som pesado e às letras geralmente pessimistas e racistas.
Neste mesmo ano os membros dessa subcultura começaram a se a dispersar da idéia central do movimento. Com isso seus membros saíram para novas categorias como suedeheads, smoothies e Bootboys. Somente em 1977 que essa subcultura foi reavivada trazendo consigo várias introduções do punk rock. A partir de 1979 com influências punks o movimento conseguiu mais adeptos para esta cultura, gerando assim uma atenção maior da mídia, principalmente devido ao vandalismo no futebol (Conhecido como Hooliganismo). No entanto não podemos deixar de citar que houve exceções e alguns skins mantiveram o estilo dos Mods de 1965. A maioria das gangues xenófobas anti-asiáticos eram totalmente contra os grupos neonazistas e repudiavam o racismo contra negros. Um exemplo dessas gangues é a Tilbury Skins dos anos 70.
Música
Imagens do Movimento Skinhead
Um pouco de história
Por meados de 1965 os tão famosos Skinheads não eram conhecidos por este nome, e sim como um subgrupo de Mods violentos, carecas e que usavam jeans rasgado. Estes Mods mais “rígidos” ficaram conhecidos como Skinheads por volta de 1968. O fato pelo qual usam cabelo curto pode ser pela praticidade ou até mesmo em contraversão ao movimento Hippie. Um fato intrigante sobre esta tribo é que seus primeiros membros tinham forte influência da cultura Jamaicana, principalmente na música, no entanto “ironicamente” a partir dos anos 70 até os dias de hoje eles são visados por práticas racistas, não somente com os negros, como também com judeus e imigrantes.
Foi então nos anos 70 que este movimento chegou a países como Alemanha, Austrália e EUA. Nos Estados Unidos, certos segmentos do punk hardcore abraçaram novos estilos e desenvolveram suas próprias versões dessa subcultura. Conforme o tempo se passou, vieram às mudanças no comportamento desta tribo, agora muitos dos skins deixaram de ser apolíticos e abrangeram políticas de extrema-direita a extrema-esquerda. Nos anos 80, um estilo musical chamado de "Oi!", derivado do punk (tribo ao qual eles se contrapõem), tornou-se a sonoridade preferida dos skinheads, graças ao seu som pesado e às letras geralmente pessimistas e racistas.
Neste mesmo ano os membros dessa subcultura começaram a se a dispersar da idéia central do movimento. Com isso seus membros saíram para novas categorias como suedeheads, smoothies e Bootboys. Somente em 1977 que essa subcultura foi reavivada trazendo consigo várias introduções do punk rock. A partir de 1979 com influências punks o movimento conseguiu mais adeptos para esta cultura, gerando assim uma atenção maior da mídia, principalmente devido ao vandalismo no futebol (Conhecido como Hooliganismo). No entanto não podemos deixar de citar que houve exceções e alguns skins mantiveram o estilo dos Mods de 1965. A maioria das gangues xenófobas anti-asiáticos eram totalmente contra os grupos neonazistas e repudiavam o racismo contra negros. Um exemplo dessas gangues é a Tilbury Skins dos anos 70.
Moda
O jeito de se vestir desta tribo não mudou muito desde que surgiu em 1960, e por isso podem ser identificados por seu estilo de roupas especificas. No entanto em determinadas regiões prevaleceram roupas de um período de tempo mais específico, gerando assim algumas “categorias” visuais. Muitos skins não se adéquam a nenhuma categoria, porém outros já representam até de mais essas categorias.
Alguns Skinheads conhecidos como “Skinheads Trojans” tendem a manter a aparência original dos Mods dos anos 60, porém após a ligação desse movimento com o punk rock, alguns eram facilmente identificados pelo corte de cabelo mais curto do que de costume, tatuagens, calça jeans colada e as famosas jaquetas de vôo. Também se diferenciaram dos Skinheads tradicionais "Skinheads Hardcore" que se originou do punk hardcore da época, o mesmo nasceu nos Estados Unidos, no início dos anos 80. Clique aqui para ver o conteúdo completo sobre a moda dos Skinheads. (EM BREVE)
O gênero musical dessa tribo prevalece da influência da cultura vinda da Jamaica, tal como, ska, rocksteady, soul e reggae. Esse envolvimento com a música do “afro” levou que fosse criado um estilo na Inglaterra chamado de "Skinhead Reggae", termo este utilizado por artistas como Desmond Dekker, Derrick Morgan, Laurel Aitken, Symarip e The Pioneers.
A grande maioria nos anos 70 curtia um som muito popular na época, conhecido como "2 Tones”, era uma fusão de elementos de ska, punk rock, rocksteady, reggae, e New Wave. Logo após a primeira onda do punk rock, vários skins aderiram ao estilo “Oi!”. Considerado como um subgênero punk, a música e os seus associados tinham como objetivo reunir Punks, Skinheads e outros jovens de classe trabalhadora (conhecidos também como Herberts).
Embora muitos "Skinheads White Power" terem ouvido Oi!, eles criaram seu próprio gênero para dar maior ênfase a sua política. RAC - Rock Against Communism (Rock contra o comunismo). A banda de maior destaque do gênero foi a Skrewdriver. Esse gênero começou no fim dos anos 70 e pouco tempo depois encerrou suas atividades, ao voltar no início dos anos 80 somente com o vocalista da formação antiga, o gênero trouxe novas músicas com letras fazendo apologia ao racismo e ao neonazismo. Muitos conhecem esse subgênero como Hardcore ou também Hatecore.
Grupos de Skins
Vou citar e colocar um breve resumo de alguns grupos do movimento Skinhead, entre eles grupos políticos, apolíticos e neonazistas. No entanto quem estiver interessado em saber mais sobre cada um dos grupos, clique aqui.
Skinheads Trojan, S.H.A.R.P, Suedehead
Esses três grupos são os skins tradicionais, que trazem consigo o espírito original desse movimento nos anos 60, mantendo a interação com soul, reggae, ska e rocksteady, e uma forte influência do estilo de vestuário dos Mods. Os Skinheads têm um laço mais afetivo com a subcultura Rude Boy e com a classe trabalhadora.
Com toda apreciação da música “afro”, os integrantes desse grupo tendem a não serem racistas ou até mesmo anti-racista, ao contrario dos Skinheads White Power, esses grupos lutam contra o racismo e a xenofobia. São patriotas e não se envolvem em política.
The Spirit of '69 é a frase usada por Skinheads tradicionais, para comemorar o que eles identificam como auge da subcultura Skinhead de 1969. A frase foi popularizada por um grupo de Skinheads escocêses Glasgow Spy Kids.
Redskins
Os membros desse grupo são de extrema-esquerda, comunistas ou socialistas. Os redskins têm uma postura antifascista e por vezes revolucionária da classe pós-trabalhadora. A organização que mais se destaque dentre os redskins é a Red and Anarchist Skinheads ou só R.A.S.H.
Tem de costume usar cintas vermelhas e laços, para representar suas tendências de esquerda. Usam cabelo raspado, porém deixando um pouco no meio da cabeça, fazem isso somente por oposição aos cortes tradicionais dos skins.
O que também era popular entre os redskins franceses foi o hábito de virar as jaquetas do avesso, para que o forro laranja de suas jaquetas fossem mostrados e os diferenciassem especialmente durante os confrontos frequentes com os boneheads.
R.A.S.H
Os membros desse grupo são Skinheads comunistas e anarquistas. São totalmente contra o fascismo, e neonazismo como também contra toda forma de preconceito seja ela racial ou homofóbica. Eles quando se deparam com Boneheads os atacam tentando expulsá-los das ruas. Sua luta tem como características importantes a luta pela justiça e da luta global contra o capitalismo.
Esse grupo foi fundando por volta de 1993 em Nova York, porém apareceu pela primeira vez em Le Havre, França. Mesmo sendo um grupo relativamente recente do final dos anos 90 de redskins comunistas e Skinhead da nova geração influenciados pelo anarquismo. Os RASHs são animados pela convicção de que os Skinheads são um movimento juvenil verdadeiramente proletário e internacional.
Boneheads e Hammerskins
Tanto um quanto o outro tem ideologias conturbadas. Os Skinheads White Power ou também conhecidos por skin 88, Nazista ou ainda Bonehead que é uma denominação pejorativa utilizada pela maioria dos Skinheads não-racistas. Muitos desses integrantes são conhecidos por ataques violentos, especialmente contra imigrantes paquistaneses, Hippies e militantes de extrema-esquerda.
A radicalização de alguns Skinheads de extrema-direita foi iniciada pelo desvio da banda inglesa Skrewdriver, que inicialmente era uma banda de street-punk apolítica. A British National Front foi responsável na transformação de parte do movimento Skinhead neonazista nos anos 70 e 80. Também com as mesmas atitudes podemos destacar o grupo Hammerskins. Eles seguem uma ideologia totalmente inversa dos demais grupos dessa subcultura. São conhecidos nos Estados Unidos como o grupo mais "popular” e racista. Muitos de seus membros foram condenados por assédio, assaltos e assassinatos de pessoas não-brancas.
Carecas do Brasil
Inicialmente sem muita ligação com os Skinheads dos anos 60 e 70, os Carecas do Brasil foram influenciados pelo Punk Oi!. Originalmente esse movimento surgiu nos anos 80 na zona leste de São Paulo e no ABC paulista. Seus filiados têm sua ideologia original baseada na violência, no vandalismo, no patriotismo exacerbado, no anti-racismo, e também são contra os políticos, policiais e a igreja católica.
Porém como nem tudo são "flores" eles se desvincularam dessa idéia central no qual gerou uma postura conservadora entre seus membros. As principais gangues têm indivíduos anti-racistas, pois defendem que a raça da população brasileira é uma miscigenação de todas as raças há aqueles que distorcem esses conceitos, especialmente as gangues da região Sul e Sudeste.
Atualmente, sua postura ideológica é fundamentada, numa mistura de nacionalismo, homofobia, anti-racismo, anticomunismo, anti-anarquismo e anti-drogados. Sua postura ideológica é confusa e cheia de contradições. Embora assumam uma postura anti-racista, ouvem bandas internacionais ligadas a ideologia White Power. Um fato um tanto quanto curioso é que mesmo com sua postura anti-drogados eles entram em contradição com o problema do alcoolismo dentro do movimento dos carecas.
Clique nas imagens para ampliar. Aguarde carregar.
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
![]() | ![]() | ![]() |
Bibliografia
Sugestões
Ufa! Não sei por que, mas este foi o texto mais trabalhoso que já montei de todos que estão publicados aqui no blog. Foi demorado, porém acho que valeu a pena! Espero que vocês comentem e discutam idéias a respeito dessa tribo. Que em minha opinião achei um tanto quanto conturbado a forma de organização dessa subcultura, já que dentro do Movimento Skinhead surgiram vários subgrupos no qual brigam entre si pelos seus ideais.
Porém se deixarmos de lado nossos preconceitos veremos que aqueles que focaram seus ideias na originalidade do movimento, conseguiram fazer algo de bom. Já aqueles que fugiram da real realidade da nossa sociedade, se equivocaram bastante, pois se formos olhar pelo lado lógico, sem o ska e os Rude Boys Jamaicanos, os Skinheads nem existiriam. Com isso só nos resta esperar que eles vejam que tem outro lado dessa história, o qual eles não conheceram. Caso isso não aconteça, só nos resta então deixar que eles aprendam com os próprios erros.
Galera, deixei alguns links para que quem estiver interessado em saber mais detalhes sobre essa tribo possa acessá-los. Forte abraço, até o próximo post.
Ufa! Não sei por que, mas este foi o texto mais trabalhoso que já montei de todos que estão publicados aqui no blog. Foi demorado, porém acho que valeu a pena! Espero que vocês comentem e discutam idéias a respeito dessa tribo. Que em minha opinião achei um tanto quanto conturbado a forma de organização dessa subcultura, já que dentro do Movimento Skinhead surgiram vários subgrupos no qual brigam entre si pelos seus ideais.
Porém se deixarmos de lado nossos preconceitos veremos que aqueles que focaram seus ideias na originalidade do movimento, conseguiram fazer algo de bom. Já aqueles que fugiram da real realidade da nossa sociedade, se equivocaram bastante, pois se formos olhar pelo lado lógico, sem o ska e os Rude Boys Jamaicanos, os Skinheads nem existiriam. Com isso só nos resta esperar que eles vejam que tem outro lado dessa história, o qual eles não conheceram. Caso isso não aconteça, só nos resta então deixar que eles aprendam com os próprios erros.
Galera, deixei alguns links para que quem estiver interessado em saber mais detalhes sobre essa tribo possa acessá-los. Forte abraço, até o próximo post.
ae cara esse blog ta ajudando bastante =D
vlw
gostei bastante do conteudo, me ajudou e recomendo o site
Bom o post, mas acho que você pecou quando falou do Oi! sendo que esse som é parecido com o punk mas com letras que falam da realidade dos jovens e da rua, e não exatamente de racismo, tanto que os neo-nazistas até deixaram de ouvir mais o Oi! e migraram para o RAC. Também seria bom suavizar a relação dos skinheads com o nazismo, já que muitos são contra isso (como eu) e sofrem um certo "preconceito" por parte das pessoas que só sabem o que a mídia fala sobre eles (ou seja, só as confusões que os de extrema-direita causam).
muito bom o texto, bem esclarecedor e me ajudou bastante em um trabalho :)
Muito bom. Foi muito útil em um trabalho de aula meu. Obrigado e recomendo o site!
so descordo quandu vc citou q oi! faz um som pessimista e racista nada ver cara .. oi! som de protesto som de negros e brancos ..OI! OI!
vai se fudê eu sou punkihead
Vlw Ma o Sit er Rx vlw... >.<
Iaew Gostei DO Sit Muinto Massa.
olá, estou realizando um trabalho para a cadeira de história da música II, do qual precisamos criar uma historia envolvendo a musica atual. Seu blog esta ajudando me muito a sintetizar as tribos urbanas, bem como selecionar a trilha sonora!!
eu acho engraçado como as coisas são no mundo... fiquei sabendo que um artesao hippie quase morreu atacado por um skin em sp, mas tb conheço outros skins que tratam muito bem as pessoas e os animais. Eu chego a conclusao que quem ve cara nao ve coração mesmo...
que nem a estreita ligação do punk com o reggae, ou nao é? Bob Marley tocou diversas vezes para um publico punk em NY!!!! Já vi muita gente que se diz da paz, do reggae, do amor, cometendo atos indgnos como maltratar idosos, fazer pouco caso da dor alheia. Uns dizem que não comem isso ou aquilo e estao fazendo sua parte, mas de qu enada adianta cuidar do que come se consigo mesmo essa pessoa nao esta bem. Conheço gente que come muita coisa ruim, como fast foods e é generoso desde com o mendigo, até com o cara mais rico do mundo. E só a forma com que o protesto ou o nao protesto é feito, porque no fundo somos TODOS UM!!! é um elo só!!
Muito legal este blog, explica bem a diferença entre as tribos urbanas.